domingo, 18 de dezembro de 2011

Contra-ataque fulminante

Mesmo faltando ainda mais de 9 meses para o pleito municipal de 2012, a movimentação política em Monteiro já é intensa e nas duas ultimas semanas o caldeirão esquentou acima da média.

Desde algum tempo, partidários do ex-prefeito Carlos Batinga, procurando a todo custo encontrar um fórmula de esbarrar o crescimento da popularidade da prefeita Edna Henrique e tentar estancar a sangria desatada provocada por uma serie de adesões em prol da reeleição da prefeita, iniciaram uma campanha sistemática de denuncismo contra a gestão municipal. Foram denúncias que não surtiram o efeito desejado, principalmente pela falta de uma argumentação consistente. No auge desse denuncismo, o Tribunal de Contas do Estado colocou um balde de gelo nessa fervura, aprovando as contas da gestora monteirense referentes ao ano de 2009.

Mesmo assim, insistindo na tese do barulho,  continuaram a campanha de oposição radical, tentando apresentar para a opinião pública a imagem de um governo desorganizado e corrupto, mesmo diante de um arrojado canteiro de obras, equilíbrio financeiro e avanços consideráveis em todas as áreas.

Sendo graduado em engenharia, Carlos Batinga esqueceu, no entanto, de um fundamento básico na lei da física: TODA AÇÃO PROVOCA UMA REAÇÃO. Devidamente articulado e organizado, o grupo liderado pelo Deputado João Henrique deu inicio a um contra-ataque fulminante contra o ex-prefeito Batinga, mostrando através de documentos, pendências suas junto à FUNASA e outros órgãos que estariam inclusive causando prejuízos ao município de Monteiro, alem de documentação colhida junto ao Ministério Público Federal sobre o processo que Batinga responde sobre a acusação de prática de improbidade administrativa em caso de licitação.

Assustado com o bombardeio e talvez por não esperar por uma reação tão determinada, o ex-prefeito foi pro rádio e disparou raivosamente contra seus opositores. espalhou na mídia que iria processar os seus “caluniadores”, alegando que não tinha culpa no cartório.
Outra artilharia do grupo João Henrique veio em seguida, mostrando inclusive documentos recentes expedidos no dia 15 de dezembro, mostrando Batinga realmente como o responsável pelas pendências junto à FUNASA e confirmando  que sobre ele pesa a imposição de um débito superior a quatrocentos mil reais como devolução ao erário público, existindo inclusive um boleto de cobrança desse débito.

Diante dos fatos, vale a pena analisar o seguinte: Se Batinga pensa em processar seus “caluniadores”, certamente estará processando a FUNASA e o SIAFI, órgãos que emitiram os documentos que denunciam o ex-prefeito monteirense. Afinal de contas, João Henrique tem esses documentos em mãos e neles se baseou para afirmar o envolvimento do ex-deputado. Em segundo lugar, o episodio serve para mostrar que a realidade política de Monteiro hoje é muito diferente, pois o ex-prefeito não enfrenta mais um adversário fragilizado e sem estrutura. Ao contrário, Batinga, se realmente for candidato, estará enfrentando um grupo articulado e estruturado que inclusive já venceu o seu grupo e pretende repetir a dose.

A guerra está apenas começando, mas já dá sinais do que poderá acontecer lá na frente. A reação de Batinga através de entrevista às emissoras de rádio, mostra que o ex-prefeito já não está tão equilibrado e calculista como sempre se apresentou, quando estava na dianteira. Transtornado, o chefe da oposição tachou adversários de incompetentes, irresponsáveis e desesperados. Os fatos mostram que nessas afirmações Batinga está equivocado.

Incompetentes não, porque conquistaram a prefeitura de Monteiro em 2008 e fizeram com que Batinga não aumentasse a sua votação em 2010, o que contribuiu para a não renovação de seu mandato de deputado.

Irresponsáveis também não, porque as afirmações têm sido feitas com base em documentos reais.

Desesperados também não, porque o nível da linguagem apresentada pelos dois grupos mostra o contrário.

Conversando comigo no final de semana, o deputado João  Henrique informou que o grupo está devidamente municiado de farta documentação sobre atos administrativos  praticados, onde muita coisa precisa ser melhor explicada.

Um dos coordenadores políticos de Edna comentou: “Estamos prontos para dançar valsa, xote e baião. Eles é que vão dizer o ritmo da dança”

Simorion Matos

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