sexta-feira, 22 de abril de 2011

Subestimar adesões é imprudência


Em ano pré-eleitoral é comum o vira-vira político, as adesões, as mudanças partidárias. Os pré-candidatos normalmente procuram reforçar suas fileiras atraindo eleitores que na campanha anterior não lhe deram apoio, como forma de somar dividendos políticos e reforçar o seu bloco.

Temos acompanhado nos últimos dias o anúncio de uma série de adesões em favor da prefeita de Monteiro, Edna Henrique, natural candidata à reeleição nas eleições do próximo ano. São pessoas que não votaram nela na eleição de 2008 e que agora se comprometem a sufragar o seu nome na disputa de 2012.

Alguns partidários do adversário natural da prefeita, o ex-prefeito e ex-deputado Carlos Batinga, têm procurado subestimar as adesões que a prefeita tem recebido, na tentativa de passar à opinião pública uma imagem de que esses reforços não teriam densidade eleitoral por tratar-se de lideranças que, hoje, eles consideram inexpressivas.

Com todo respeito à opinião dos adversários de Edna que têm o direito de assim pensarem, nos permitimos discordar dessa prática de menosprezar adesões. Consideramos que no processo político cada voto é importante e cada eleitor tem o seu valor.

Quem observar o resultado das eleições de 2010 para deputado estadual na Paraíba vai verificar que o ex-deputado Carlos Batinga deixou de ser reeleito por pouquíssimas dezenas de votos. Se tivesse obtido um pouquinho mais de sufrágios, Batinga não estaria na incômoda condição de suplente, dependendo da boa vontade de um ou de outro deputado tirar licença, para ocupar um espaço na Casa de Epitácio Pessoa.

Por isto mesmo consideramos precipitada e imprudente a posição de alguns batingueiros em menosprezar as adesões que Edna Henrique tem conseguido. Afinal de contas, na historia política de Monteiro não se pode esquecer que na eleição de 1968, Arnaldo Lafayete derrotou Antenor Campos por apenas 25 votos.   

E, se tivesse somado mais algumas adesões em 2010, Batinga poderia ter obtido os 40 votos que lhe faltaram para garantir o mandato perdido.   

Simorion Matos

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