domingo, 27 de março de 2011

Oposição - Discurso da contradição


Quem ler as notícias divulgadas pelas principais lideranças da oposição em Monteiro, percebe claramente várias contradições. Em certo momento, apregoam que a prefeita Edna Henrique estaria muito desgastada junto à população. Logo em seguida, defendem ardorosamente a necessidade de união das oposições para que, juntas e unidas, possam ganhar as eleições de 2012.

Muito contraditório esse discurso. Se a prefeita tiver esse desgaste tão grande, por que tanta preocupação de unir as forças que discordam do governo municipal? Ora, se acham tão fácil derrotar a prefeita, não há necessidade de tanto esforço.

Desgastes são naturais em todos os grupos políticos, até porque nenhum líder consegue atender os anseios de todos os seus seguidores. Mas será que os comandantes oposicionistas imaginam que não enfrentam insatisfações em suas hostes? As adesões estão aí, para reflexão.

Os números servem para uma avaliação desapaixonada. Em 2006, na campanha para deputado em Monteiro, CARLOS  BATINGA obteve  6.381 votos e em 2010, somou 6.576 votos . Por outro lado, JOÃO HENRIQUE em 2006, somou 4.958 votos para deputado e em 2010, obteve 5.342 votos. Com alguns detalhes: o primeiro, que entre 2006 e 2010, a votação de Batinga cresceu 195 votos, mesmo ele recebendo as adesões do vice-prefeito,  Dr. Eugênio Henrique e de Walmir Azevedo, Inácio Gabriel, Heleno de Amadeu e Raul Formiga, que não haviam votado nele em 2006. Diante desse crescimento tão reduzido para a quantidade de adesões e reforços, dá pra se levantar uma questão: ou o ex-deputado está muito desgastado ou as lideranças que passaram a apoiá-lo não têm votos para transferir.
Enquanto isso, entre 2006 e 2010, João Henrique cresceu 384 votos (praticamente o dobro do crescimento eleitoral de Batinga), mesmo tendo perdido o apoio de várias lideranças.

O segundo detalhe: em 2006 o comando da Prefeitura de Monteiro estava com Batinga e em 2010, com João Henrique. Nesse item, a condição de luta dos dois, estava empatada. Mas existiu uma grande diferença: em 2006, na campanha para deputado, João Henrique não tinha apoio do governo estadual, enquanto em 2010, Batinga teve a seu favor, de forma escancarada, o governo de Zé Maranhão. Isto significa que em termos de estrutura de governo, entre 2006 e 2010, a situação de Batinga foi bem mais favorável. Mas, nas urnas, o crescimento de João Henrique foi o dobro.

A pergunta fica no ar: de quem é o desgaste?

Diante de tudo, para os apaixonados batingueiros, um leve aviso: a rapadura pode até ser doce, mas não é mole...

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