sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quem ensinou a trazer gente “de fora” para Monteiro não foi Edna Henrique

Um grupo em torno de 50 pessoas realizou no dia de finados, em Monteiro um encontro para lançamento do P do D – Partido dos Desocupados. Segundo foi divulgado, o movimento surgiu sob a alegação de que alguns freqüentadores do moído dos “vermelhinhos” estariam desocupados pois, segundo eles, alguns cargos na administração municipal de Monteiro estariam preenchidos por “gente de fora”. Uma clara demonstração de preconceito e divisionismo, como se o simples fato de alguém ter nascido numa determinada cidade não lhe dê permissão para trabalhar em outra.

Com todo respeito ao direito desses reclamantes se reunirem e protestarem, considero que o argumento a respeito das pessoas “de fora” não convence mais. Senão vejamos.

Quem primeiro ensinou a trazer “gente de fora” para trabalhar na prefeitura de Monteiro foi o então prefeito Carlos Batinga. De inicio trouxe de Garanhuns o teatrólogo Marcos Freitas e de Arcoverde o comunicador Paulo Viana. Depois trouxe para a área de saúde o médico Dr. Leônio Sergio para dirigir o Hospital Santa Filomena e depois ser Secretário de Saúde, além das enfermeiras Lauradella Geraldine, Jeane Mantovani (com o marido Altair Mantovani) e Marilayne Chaves. Trouxe para a área de informática Amauri Junior e para a contabilidade, Holdermes Chaves. Diga-se de passagem, que todos são pessoas do melhor conceito profissional e pessoal, que prestaram grandiosos serviços à comunidade monteirense, provando que não é a barreira geográfica o motivo para o cidadão ou uma cidadã exercer a sua profissão.

De outra forma, pessoas de reconhecido valor profissional e pessoal que participaram das administrações monteirenses nos 12 anos da era Batinga também foram exportados para outras cidades onde prestaram grandes serviços. Como exemplo: Cristiane Leal como secretária de saúde de Serra Branca e Pádua Torres como secretário de administração e finanças de São José dos Ramos. Isto sem falar no próprio Carlos Batinga que foi exportado por Monteiro para mostrar seu valor profissional como secretário municipal em João Pessoa, Natal e Salvador.
Esse demonstrativo joga por terra a insatisfação dos vermelhinhos, pelo fato da Prefeita de Monteiro, Edna Henrique, haver colocado meia dúzia de pessoas “de fora” em cargos comissionados em um quadro composto por mais de 100 funções.

Em Monteiro, pessoas “de fora” sempre foram bem recebidas e contribuíram muito com a cidade. Eu nasci em Recife mas me considero monteirense e nesta terra tive a honra de ser vereador durante 22 anos, presidindo o legislativo municipal por duas vezes. O grande líder Alexandre da Silva Brito, que era de São João do Cariri, foi 4 vezes prefeito de Monteiro.

Não devemos ser egoístas ao ponto de considerarmos normal um monteirense atuar em outra cidade, fechando as portas da nossa terra para quem pode nos oferecer dedicação e trabalho.

Afinal de contas se Batinga não queria que pessoas nascidas em outras cidades pudessem trabalhar em Monteiro, ele mesmo não tivesse trazido. A não ser que ele insista na velha tese: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Simorion Matos