terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Se as fronteiras de Monteiro estivessem fechadas

Em um ato de saudável irreverência, os poetas Ivanildo Vila Nova e Bráulio Tavares, escreveram o decassílabo Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente. 

Um grito rimado mostrando que outras regiões do país já receberam o trabalho e a inteligência dos nordestinos e que a região teria potencial para existir sem precisar do Brasil.

Nem o Brasil foi dividido e nem o Nordeste ficou independente. A integração nacional abriu oportunidades de crescimento para todos e um nordestino que saiu de Pernambuco pra São Paulo promoveu uma verdadeira revolução sócio-econômica no país.  Mesmo sem ser doutor, Lula escancarou as portas das universidades e estimulou a juventude brasileira a estudar.

Distante milhões de anos-luz da capacidade dos que poeticamente imaginaram um Nordeste independente, mas aproveitando tão somente a idéia de irreverência, levanto uma hipótese de como estaria Monteiro hoje, se já estivesse vingando a proposta de alguns, de fechar as fronteiras da cidade para “quem viesse de fora”, de modo que só pudesse trabalhar na cidade quem nasceu nela.

Antes que alguém, maliciosamente, venha a criar outra imaginação para o meu pensamento, desejo dizer que tenho o maior respeito por aqueles que defendem esse isolacionismo, mas me acho no direito de discordar, porque entendo que aqueles que pensam com grandeza se somam e se integram para crescerem juntos. Os que pensam pequeno se fecham e se isolam, para naufragarem sozinhos.

A União Européia e o Mercosul, são exemplos recentes de que a união e a divisão de oportunidades dão maiores e melhores resultados. Cuba fechou suas fronteiras, e o mundo inteiro conhece a sua pobre realidade.

Ainda bem que as fronteiras de Monteiro nunca foram fechadas. Porque, se assim estivessem desde alguns anos, não teríamos “importado”, por exemplo, o pernambucano Alcindo Bezerra de Menezes, que veio de Paudalho e, como nosso prefeito, construiu a belíssima sede da Prefeitura e o majestoso Grande Hotel. Com porteiras fechadas também não teríamos “importado” de São João do Cariri o líder Alexandre da Silva Brito, prefeito de Monteiro  por 4 vezes. Eu mesmo, com as porteiras fechadas, não teria sido trazido do Recife para ser vereador durante 22 anos, 4 dos quais, presidindo o Poder Legislativo.

Quando as fronteiras estão fechadas, nem se entra e nem se sai. Isolados do mundo, numa Cuba caririzeira, inteligências monteirenses não poderiam mostrar seus valores em outras plagas. Carlos Batinga não poderia sair e ser secretário municipal em João Pessoa, Natal e Salvador; Christiannee Leal não teria feito o brilhante trabalho que fez como secretária em Serra Branca e nem Padinha Torres teria mostrado sua competência em São José dos Ramos. São alguns exemplos, entre inúmeros “forasteiros” que têm ajudado na construção de Monteiro e muitos monteirenses que ajudaram no progresso de outras cidades.

 

domingo, 29 de janeiro de 2012

As propostas de Chuta

O ex-vereador Chuta, do PP, pré-candidato a prefeito de Monteiro nas eleições deste ano, participou neste domingo, 29, de um programa de rádio, quando afirmou que estaria devidamente preparado para a campanha e para assumir a prefeitura, caso seja eleito.

As suas principais idéias, ditas por ele próprio, são:

1º.  Fechar todas as fronteiras do município de Monteiro para quem quiser vir de fora trabalhar na cidade. Para ele, só trabalha em Monteiro quem for de Monteiro. Com as fronteiras fechadas, quem for de Monteiro não poderá sair para trabalhar em outra cidade.

2º. A prefeita ou o prefeito não precisa viajar para Brasília ou João Pessoa para encaminhar projetos ou buscar recursos para o município. Para ele, o gestor municipal deve ficar no gabinete ou na rua atendendo ao povo, enquanto os projetos e recursos ficarão sob a responsabilidade dos deputados e senadores.

3º. Para ser prefeito não precisa ser doutor, aliás, ser doutor até atrapalha. Segundo Chuta, depois que Monteiro passou a ser administrado por doutores, a cidade parou. Com essa afirmação, Chuta não poupou nem mesmo seus novos aliados, porque os dois últimos gestores antes de Edna Henrique, foram um engenheiro, Carlos Batinga e uma médica, doutora Lourdinha.

4º. Chuta fez ainda uma comparação sua com o ex-presidente Lula. Disse ele: “Lula também não é doutor e foi o maior presidente do Brasil e eu que não sou doutor serei o maior prefeito de Monteiro. E entre Lula e eu, ainda levo vantagem porque Lula só tem 9 dedos nas mãos. Imagine eu, que tenho os 10 dedos completos”.

Ainda segundo o pretenso candidato a prefeito, o comércio de Monteiro está parado e deu como exemplo que, alguns anos atrás, Monteiro recebia, por semana, 3 caminhões de açúcar para serem retalhados nos mercados e nas mercearias e hoje não chega mais nenhum caminhão do produto.

Nesse aspecto, talvez Chuta tenha esquecido que no mundo moderno a maioria dos mercadinhos já recebem o açúcar embalado industrialmente , daí o motivo de não se ver mais muitos caminhões com sacos de açúcar, sendo descarregados

domingo, 15 de janeiro de 2012

O moído da política monteirense

A campanha municipal em Monteiro praticamente já começou. Pela situação existe a pré-candidatura da prefeita Edna Henrique, enquanto pela oposição ventila-se quatro pré-candidaturas: Carlos Batinga (PSC), Juraci Conrado (PTB), Chuta (PP) e Dr. Damião (PT). Quando a coisa afunilar, lá para os meados de maio ou junho, deverão ficar realmente duas candidaturas: Edna Henrique e Carlos Batinga.

Estilos diferentes

Estrearam neste domingo na Rádio Monteiro FM,  o programa Dizendo Tudo, com Napoleão de Castro e Jota Junior e Falando a Verdade, com Fábio Brito e Edglay Bezerra. O programa da oposição abriu espaço para Veneziano Vital do Rego, Hervázio Bezerra, Carlos Batinga e Dra. Lourdinha. Já o Falando a Verdade optou pela participação popular e abriu espaço para líderes comunitários e ouvintes, entre eles: Zé de Erasmo, Antônio Maniçoba e Zé de Toinho. Talvez seja essa diferença de estilos que venha a mostrar um grupo mais ligado às “lideranças” e outro mais focado no povão. Dizem que a voz do povo é a voz de Deus.

Afirmação infeliz e egoísta

Foi bastante infeliz e egoísta a entrevista do ex-prefeito Carlos Batinga no programa Dizendo Tudo neste domingo, afirmando que as pessoas divulgam, elogiam e aplaudem a prefeita Edna Henrique por serem pagas para isso.

Eu mesmo fui secretário de Comunicação de Batinga durante mais de 5 anos, ganhando um bom salário de secretário, mais não considero que tenha sido pago para bajular ou aplaudir o seu governo.Pelo contrário, eu era pago por exercer uma atividade profissional que visava dar visibilidade à sua gestão.

Não é possível que o ex-deputado tenha a vaidade e o egoísmo de considerar que só é normal a divulgação do trabalho dele, achando que é errado reconhecer a divulgar o trabalho de outras lideranças. 

Talvez essa forma de pensar esteja contribuindo para que o líder oposicionista venha sofrendo tantas defecções e perdendo apoios de tantos que contribuíram para erguer o seu nome da política.

Resposta do povo

O ex-vereador e ex-secretário de Agricultura de Monteiro, Chuta, afirmou na sua entrevista à Radio Monteiro FM que o agricultor monteirense hoje estaria totalmente esquecido e desvalorizado.

No programa seguinte, várias lideranças da zona rural deram entrevista mostrando exatamente o contrário, reafirmando os avanços verificados nas comunidades rurais de Monteiro e elogiando o trabalho da prefeita Edna Henrique.

Candidatura de Conrado

O vereador Juraci Conrado (PTB) confirmou que também pretende ser candidato a prefeito de Monteiro. Dizem no moído que essa pretensão do vereador só será alimentada até o mês de maio porque em junho ele deverá ser indicado mesmo como candidato à vice. De Batinga ou, pasmem, de Edna.